quinta-feira, 27 de outubro de 2016

ARTIGO
A ARTE DE ENVELHECER

Dráuzio Varella

Achei que estava bem na foto. Magro, olhar vivo, rindo com os amigos na praia. Quase não havia cabelos brancos entre os poucos que sobreviviam. Comparada ao homem de hoje, era a fotografia de um jovem.
Tinha cinquenta anos naquela época, entretanto, idade em que me considerava bem distante da juventude. Se me for dado o privilégio de chegar aos noventa em pleno domínio da razão, é possível que uma imagem de agora me cause impressão semelhante.
envelhecimento é sombra que nos acompanha desde a concepção: o feto de seis meses é muito mais velho do que o embrião de cinco dias.
Veja também:
Lidar com a inexorabilidade desse processo exige uma habilidade na qual somos inigualáveis: a adaptação. Não há animal capaz de criar soluções diante da adversidade como nós, de sobreviver em nichos ecológicos que vão do calor tropical às geleiras do Ártico.
Da mesma forma que ensaiamos os primeiros passos por imitação, temos que aprender a ser adolescentes, adultos e a ficar cada vez mais velhos.
adolescência é um fenômeno moderno. Nossos ancestrais passavam da infância à vida adulta sem estágios intermediários. Nas comunidades agrárias, o menino de sete anos trabalhava na roça e as meninas cuidavam dos afazeres domésticos antes de chegar a essa idade.
A figura do adolescente que mora com os pais até os 30 anos, sem abrir mão do direito de reclamar da comida à mesa e da camisa mal passada, surgiu nas sociedades industrializadas depois da Segunda Guerra Mundial. Bem mais cedo, nossos avós tinham filhos para criar.
A exaltação da juventude como o período áureo da existência humana é um mito das sociedades ocidentais. Confinar aos jovens a publicidade dos bens de consumo, exaltar a estética, os costumes e os padrões de comportamento característicos dessa faixa etária, tem o efeito perverso de insinuar que o declínio começa assim que essa fase se aproxima do fim.
A ideia de envelhecer aflige mulheres e homens modernos, muito mais do que afligia nossos antepassados. Sócrates tomou cicuta aos 70 anos, Cícero foi assassinado aos 63, Matusalém, sabe-se lá quantos anos teve, mas seus contemporâneos gregos, romanos ou judeus viviam em média 30 anos. No início do século 20, a expectativa de vida ao nascer, nos países da Europa mais desenvolvida, não passava dos 40 anos.
A mortalidade infantil era altíssima, epidemias de peste negra, varíola, malária, febre amarela, gripe e tuberculose dizimavam populações inteiras. Nossos ancestrais viveram num mundo devastado por guerras, enfermidades infecciosas, escravidão, dores sem analgesia e a onipresença da mais temível das criaturas. Que sentido haveria em pensar na velhice, quando a probabilidade de morrer jovem era tão alta? Seria como hoje preocupar-nos com a vida aos cem anos de idade, que pouquíssimos conhecerão.
Os que estão vivos agora têm boa chance de passar dos oitenta. Se assim for, é preciso sabedoria para aceitar que nossos atributos se modificam com o passar dos anos. Que nenhuma cirurgia devolverá, aos 60, o rosto que tínhamos aos dezoito, mas que envelhecer não é sinônimo de decadência física para aqueles que se movimentam, não fumam, comem com parcimônia, exercitam a cognição e continuam atentos às transformações do mundo.
Considerar a vida um vale de lágrimas no qual submergimos de corpo e alma ao deixar a juventude, é torná-la experiência medíocre. Julgar aos 80 anos, que os melhores foram aqueles dos 15 aos 25 é não levar em conta que a memória é editora autoritária, capaz de suprimir por conta própria as experiências traumáticas e relegar ao esquecimento as inseguranças, medos, desilusões afetivas, riscos desnecessários e as burradas que fizemos nessa época.
Nada mais ofensivo para o velho do que dizer que ele tem “cabeça de jovem”. É considerá-lo mais inadequado do que o rapaz de 20 anos que se comporta como criança de dez.
Ainda que maldigamos o envelhecimento, é ele que nos traz a aceitação das ambiguidades, das diferenças, do contraditório e abre espaço para uma diversidade de experiências com as quais nem sonhávamos anteriormente.

Siga o  Site Drauzio Varella no instagram: @sitedrauziovarella

Publicado em 01/02/2016.
Revisado em 11/02/2016.


quarta-feira, 19 de outubro de 2016

SOBRE A ARTE DE RESSIGNIFICAR

publicado em sociedade por Larissa Bispo

Acreditar que a nossa felicidade depende 5% daquilo que nos acontece e 95% do que fazemos com isso e entender que somos os únicos responsáveis pela maneira que enxergamos os problemas e os damos outro significado.
Ultimamente estou passando por uma das melhores e mais ricas experiências da minha vida: ressignificar. Mas o que significa isso, de fato? Por quê em alguns momentos nos vemos obrigados a fazê-lo?


Todos nós deveríamos tirar pelo menos quinze minutos do nosso dia para fazer um exercício de auto-conhecimento. Não falo das perguntas gerais como "Quem eu sou?" ou "O que eu espero da minha vida?", mas acordar todos os dias e se perguntar "Por quais razões eu estou aqui, onde estou, nesse momento?" ou "Como eu quero que seja o meu dia, hoje?"
Acredito que tudo ou quase tudo que nos cerca, o que sentimos e o que influencia nossas atitudes e decisões se resume a um só conceito: visão. Não passar na entrevista do emprego dos seus sonhos pode significar que você está desempregado e que sua vida profissional está acabada, como pode ser a oportunidade para você procurar algo que se identifique mais e te faça crescer. Terminar um relacionamento pode ser uma das piores experiências da sua vida, o chão pode desabar aos seus pés e você pode se sentir um lixo, abandonado e sem rumo por meses ou pode fazer disso um aprendizado e aproveitar a maior oportunidade para se descobrir e se amar completamente, sem depender de mais ninguém.
Isso chama-se visão.
Imagine que hoje, ao sair de casa, você resolva sacar uma grande quantia de dinheiro no banco. Ao sair de lá, seja assaltado e leve um tiro de raspão no seu ombro esquerdo. Ao acordar, no hospital, você terá duas escolhas: se lamentar e vitimizar-se por ter perdido todo o seu dinheiro ou agradecer à vida por estar bem e por aquela bala ter desviado alguns centímetros para longe do seu coração. O significado de todo acontecimento depende do filtro pelo qual o vemos. A visão que temos a respeito do que nos acontece e dos nossos problemas, sejam eles grandes ou diários, é o que define a capacidade que temos de sermos felizes.
Decepções amorosas, problemas de saúde ou familiares, luto, fracasso profissional - tudo isso, ao serem encarados de certa forma, podem parecer os seus piores problemas, mas podem ser a maior oportunidade para você ressignificar a sua vida. Isso quer dizer dar um novo significado ou um novo sentido para aquilo que acontece com a gente e, logo de cara, vimos como o fim do mundo, algo praticamente sem solução naquele momento. Dessa forma, esquecemos que os únicos responsáveis pelo rumo que damos à nossa vida e às escolhas que fazemos somos nós mesmos.

Quantas vezes já responsabilizamos outras pessoas pelo que acontece com a gente? "Eu era um ótimo funcionário e ele me demitiu"; "Eu estudei tanto, mas o professor me deu nota baixa"; "Eu era o(a) melhor namorado(a) do mundo, mas terminaram comigo". Não devemos nos culpar quando erramos ou quando as coisas simplesmente não dão certo, mas devemos assumir a responsabilidade pela nossa própria vida, e, principalmente: estar no controle dela. Conseguir enxergar que temos o poder de encontrar a solução nos próprios problemas e entender que somente nós mesmos somos responsáveis pela nossa própria felicidade.
Isso é a arte de ressiginificar. E digo arte porque não é fácil, mas é possível desenvolver esse poder e ressignificar quem somos todos os dias. É disso que precisamos. Conseguir parar, no meio da rotina, e pensar sobre o que esperamos de nós mesmos e como vamos lidar com nossas próprias decisões e incompreensões. Enxergar a vida da forma que queremos vê-la. Saber que todos os dias são diferentes e que podemos fazê-los serem bons, mesmo quando não são. Entender que errar é inevitável, mas é imprescindível tirar algo bom do erro, para acertar depois. Aceitar que nem sempre somos responsáveis pelo resultado das nossas escolhas, mas somos capazes de tornar nossas próximas ações meios para que o que não deu certo não se repita.
Teóricos mencionam que nossa felicidade depende 5% daquilo que nos acontece e 95% do que fazemos com isso, ou seja, como reagimos e qual sentido atribuímos. Sejamos capazes de nos permitir sofrer, chorar e se arrepender, mas que o processo de lamentação seja mais curto do que é hoje, uma vez que ele é inteiramente desnecessário. Que, de hoje em diante, possamos praticar a maior arte que podemos aprender e buscar o que todos queremos, independente de crença, cor ou religião: a felicidade - todos os dias. Mesmo que tudo dê errado.


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terça-feira, 11 de outubro de 2016

16 mudanças que o sexo provoca na mente e no corpo


Os efeitos do sexo no organismo vão além do que muitas vezes imaginamos. De acordo com pesquisas realizadas nos últimos anos, manter relações sexuais pode proporcionar uma série de benefícios ao corpo e a mente.
Ele ajuda, por exemplo, a queimar calorias e a conservar um aspecto jovial. Não há mais dúvidas de que uma vida sexual regular  saudável pode resultar em coisas positivas para o corpo e mente, tanto para as mulheres como para os homens.

1. Melhora a circulação sanguínea

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Durante o ato sexual, o número de pulsações por minuto aumenta, o que melhora a qualidade da circulação sanguínea. Isso possibilita às células receberem mais oxigênio, facilitando a eliminação de substâncias nocivas ao organismo. O sexo também faz com que mais sangue seja levado ao cérebro e aos outros órgãos, o que contribui para a saúde geral do corpo.

2. Queima calorias

calorias
O sexo é um exercício cardiovascular, que exige maior esforço do coração e pulmões, diminuindo os níveis de colesterol do organismo e queimando calorias. Praticar sexo durante 30 minutos, por exemplo, queima cerca de 150 calorias.

3. Libera substâncias benéficas

Durante o sexo, o nosso organismo libera substâncias químicas benéficas para a saúde. Como as endorfinas, que constituem um produto químico natural com os mesmos efeitos da morfina. Estes calmantes naturais podem ajudar prevenir a insônia, enxaqueca e as dores de costas e pescoço causadas pelo stress.

4. Fortalece os músculos

Young woman doing gymnastics on white background studio
As contrações musculares provocadas pelo orgasmo elastificam os músculos urogenitais de mulheres e homens. Isso pode contribuir para que a próstata se mantenha saudável, no caso dos homens, e para o evitar de problemas de incontinência em ambos os sexos numa fase posterior da vida.

5. Rejuvenesce

Segundo o neuropsicólogo Davis Weeks, do Royal Edinburgh Hospital, na Escócia, a prática sexual durante três vezes por semana pode rejuvenescer dez anos. Durante a última década, a sua equipe entrevistou 3.500 homens e mulheres europeus e americanos, entre os 20 e os 104 anos. Todos tinham algo em comum: pareciam mais jovens do que eram. Uma vida sexual ativa parece ser um dos maiores determinantes quando se trata de parar os ponteiros do relógio. Apenas o esporte consegue ser mais eficiente.

6. Melhora o estado de espírito

csal feliz
Nas mulheres, uma vida sexual regular leva à liberação de u hormônio chamada oxitocina, que tem um efeito positivo sobre o humor. Ele também ajuda a combater o stress.

7. Melhora o aspecto da pele

O sexo estimula a liberação de estrogênios, o chamado “hormônio feminino”. O estrogêneo tem um efeito positivo sobre a pele e o cabelo. Além disso, a transpiração mais elevada do que o normal durante o ato sexual contribui para limpar a pele.

8. É um bom analgésico

A oxitocina, que também é liberada durante o sexo, tem um efeito analgésico. A ciência já provou que a dor de cabeça e outros tipos de dor desaparecem se a produção deste hormônio aumentar.

9. É benéfico para músculos e ossos

ossos
Nos homens, a atividade sexual contribui pra fortalecer os músculos e ossos, assim como o sistema imunológico. Estes “efeitos secundários” positivos do sexo acontecem graças à testosterona, o hormônio sexual masculino, que  aumenta no organismo durante o sexo.

10. Melhora a aparência física

atraente
Uma vida sexual ativa e frequente faz com que o corpo libere uma quantidade maior de feromonas. Substâncias odoríferas que estimulam o comportamento sexual, acima de tudo daqueles que se encontram à nossa volta. Assim, podemos dizer que, ao ter uma vida sexual ativa, podemos nos tornar mais atraente aos olhos daqueles que nos rodeiam.

11. É benéfico para o coração

coração
O sexo é uma atividade física tal como qualquer esporte, por isso, tem os mesmos efeitos para o coração. Pesquisas demonstraram que os homens que têm relações sexuais pelo menos duas vezes por semana correm menos riscos de sofrer um ataque cardíaco do que os homens que não têm uma vida sexual regular.

12. É benéfico para a próstata

Pesquisas recentes provaram que uma vida sexual regular pode ter efeitos positivos para a próstata e ajudar a evitar do cancro. Já que uma vida sexual regular ajuda a eliminar substâncias nocivas, as quais, de outro modo, ficariam presentes neste órgão.

13.Combate o stress

Uma vida sexual regular e satisfatória favorece a harmonia entre o casal, assim como o relaxamento e bem-estar mentais e físicos. Por outro lado, é também verdade que, se um casal não tem uma vida sexual satisfatória, tal será provavelmente uma fonte de tensão e stress.

14. Melhora o olfato

A prolactina, um hormônio liberado durante o sexo, tem um efeito positivo sobre o nosso olfato.

15. Fortalece o sistema imunológico

Quando a nossa vida sexual é satisfatória e segura, o nosso sistema imunológico é fortalecido. O jogo amoroso libertar a Oxitocina, que diminui a produção do Cortisol, o hormônio do stress. Dessa forma, o corpo produz mais glóbulos brancos, o que aumenta a nossa imunidade.

16. Ajuda a prevenir doenças neuro-degenerativas

O sexo é uma boa forma de evitar a demência, pois estimula a fabricação de novas células cerebrais. Assim, as células se mantêm funcionais e doenças como Parkinson ou Alzheimer são evitadas.
Matéria publicada em revista da ciência julho 2015
Ter o equilíbrio emocional forte, implica em diversas questões benéficas para o dia a dia. Normalmente, ter o equilíbrio emocional abalado, por exemplo, em uma discussão, faz com que tomemos decisões menos acertadas e o resultado acaba por não ser satisfatório.
Logo, conseguir controlar nosso equilíbrio emocional, faz com que possamos manter o foco com mais eficiência e assim aumentar a taxa de decisões acertadas.

Veja as 4 dicas para aumentar e manter seu equilíbrio emocional

1 – Não se apoie em expectativas

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Segundo o dicionário Priberam, expectativa é “Esperança baseada em supostos direitos, probabilidades, pressupostos ou promessas”.
Você pode ter suas expectativas, mas nunca se apoie a elas. Apoie-se aos planos, metas, objetivos etc. Em grande parte do tempo, as coisas não saem como o planejado, por isso, se seu emocional estiver apoiado em expectativa, ele ficará comprometido abalado.
O equilíbrio emocional abalado acarreta em diversas atitudes negativas. Entre outras coisas, ficamos nervosos, abalados, frágeis, perdemos o foco e, algumas vezes, adquirimos problemas com a postura.
Nenhuma dessas opções são favoráveis, seja uma situação amorosa ou de trabalho. Por tanto, não mantenha sua expectativa alta. Para isso, simplesmente não apoie-se nelas.
Bons lideres não têm o emocional abalado e conseguem tomar decisões em situações de tensão, justamente por não se apoiarem em expectativas. Estão o tempo inteiro preparados para situação adversas.

2 – Busque soluções

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No mundo dos negócios é muito dito para “pensar fora da caixa”. Isso se aplica a tudo, inclusive em “agir fora da caixa”. Saia de sua zona de conforto.
Procure ser um “solucionador” de problemas. Tanto em sua empresa quanto em sua vida pessoal. Quando tudo começa a dar errado, não foque no problema, foque nas causas dele, na solução e busque agir na raiz.
Se seu relacionamento não anda bem, não adianta buscar atitudes que camuflem o problema, como um jantar romântico. É preciso entender o que está errado para que possa resolver qualquer questão.
Em seu trabalho, se algo está indo mal, mesmo que não faça parte de uma função sua, busque uma solução.
Enfrentar os problemas, encontrar a causa e uma solução, irá fortalecer seu sistema emocional. E isso irá, inclusive, te ajudar a enfrentar e solucionar mais problemas.

3 – Fonte de inspiração

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Após ter a capacidade de manter seu equilíbrio emocional, é preciso mante-lo assim, mas não é uma tarefa simples. O que irá ajudar, e muito, é ter sempre uma razão clara para cada ação que irá fazer. Um objetivo bem especifico.
Busque se perguntar “por que estou fazendo isso”. Se a resposta não for favorável, muitas vezes seguidas, algo está errado.
Uma fonte de inspiração pode ser qualquer coisa que torne claro o motivo de estar fazendo tal atitude. Isso irá manter forte seu equilíbrio emocional. Por exemplo, se quiser emagrecer, mas na primeira semana tiver engordado… a desmotivação é provável. Mas, com um objetivo bem definido (fonte de inspiração) seu emocional estará fortalecido e essa semana não será o suficiente para te desmotivar.

4 – Saiba seguir em frente

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Mesmo que o seu lado emocional seja equilibrado, e tenha grande parte de suas escolhas sob controle, é importante saber que a qualquer momento, tudo pode dar errado. Você pode fracassar.
Segundo o dr. Sean Richardson, em uma palestra no TEDx em 2011, “aceitar o fracasso, ficar bem em não conseguir exatamente o que quer neste momento, é a melhor estratégia para o sucesso. Mas é preciso força emocional”.
Logo, conseguir e manter fortificado o seu equilíbrio emocional, é importante, não apenas para conseguir algo, mas também deixar algo para trás, mesmo que por algum momento.
Assim, você irá conseguir se focar para obter outras conquistas, ou mesmo retomar um objeto.

sexta-feira, 7 de outubro de 2016

20 ATITUDES PARA EVITAR O STRESS




A lição mais importante a retirar de toda esta história é que, com um pouco de reflexão, estas fontes de stress podem ser eliminadas. Veja como:
  1. Identifique as suas fontes de stress. De todos, este é o passo mais importante. Ser capaz de identificar as suas fontes de stress é o primeiro passo para poder eliminá-las efetivamente. Pare para pensar 5 ou 10 minutos sobre as coisas que tornam os seus dias e as suas semanas mais stressantes. Quais são as pessoas, as atividades, as tarefas ou as coisas que considera serem a raiz de todo o seu stress? Elabore uma lista das top 10 e veja o que pode ser eliminado de imediato. Para aquelas que não têm uma solução definitiva, procure formas de as atenuar, tornando-as menos stressantes.

  1. Elimine obrigações desnecessárias. A nossa vida está cheia de obrigações, começando com as profissionais e passando pelas familiares, as cívicas, as tarefas domésticas e aquelas ligadas a instituições, associações ou paróquias; terminando nos passatempos, atividades desportivas, culturais e online, entre muitas outras. Pese cada uma individualmente: a quantidade de stress que produzem versus o valor que retira de cada uma. Seja radical e faça o que tiver de fazer para eliminar aquelas que lhe proporcionam mais stress do que prazer.  


  1. Procrastinação. Deixar para amanhã aquilo que pode ser feito hoje – todos fazemos isto! Só que, ao deixar que os afazeres da sua vida se amontoam, também gera stress. Desenvolva o hábito de “fazer agora” ou “tratar imediatamente” e mantenha tudo sobre controlo e em dia.  

  1. Desorganização. Todos temos uma pontinha de desorganização dentro de nós. Mesmo que tenhamos desenvolvido e executado um sistema de organização perfeito para isto ou para aquilo, a ordem natural das coisas é, mais tarde ou mais cedo, o desleixe que, se não for travado a tempo, pode tornar-se caótico. E a desorganização também é stressante – visualmente é horrível e se nos impede de encontrar as coisas que necessitamos, pior ainda! Reserve um tempinho para se organizar: comece com o escritório e os mil e um papéis que lá abundam, passando progressivamente para as restantes divisões da casa.  


  1. Atrasado. Estar atrasado stressa qualquer um. Temos de correr para nos arranjarmos, correr para chegar ao sítio aonde já devíamos estar, enquanto stressamos durante todo o processo sobre estar atrasado e que mal que vai parecer! Aprenda a chegar cedo, faça deste um novo hábito e vai ver como se livra desse maldito stress! Faça um esforço consciente para chegar sempre cedo, assim também poderá sair mais cedo. Um resultado direto deste esforço é que conduzir vai ser muito menos stressante. Cronometre o tempo que demora a arranjar-se, sair de casa e chegar ao emprego, por exemplo… se calhar até é mais rápido do que pensa, não? Uma vez familiarizado com os seus “tempos”, basta começar 10 minutos mais cedo, para chegar a todo o lado com 10 minutos de antecedência, nas calmas e sem stress… é uma sensação fantástica! 

  1. Controlador. Embora gostaríamos de ser, não somos o “Mestre do Universo”. Tentar controlar tudo e todos não funciona, mas tentamos fazer isso mesmo e quando verificamos que, de facto, não gera resultados, os nossos níveis de ansiedade sobem em flecha. É importante aprender a deixar as coisas fluírem naturalmente, respeitar a forma como as outras pessoas fazem as coisas, aceitar o desfecho das diferentes situações que povoam a nossa existência. A única coisa que realmente pode controlar é você próprio – aperfeiçoe isso antes de tentar controlar o resto do mundo. Para além disso, procure distanciar-se das suas tarefas e aprenda a delegar. Deixar de tentar controlar as pessoas e as situações que nos rodeiam, é um passo importante para uma vida sem stress.

  1.  Múltiplas tarefas. Executar, em simultâneo, múltiplas tarefas pode parecer produtivo, mas na realidade torna-nos mais lentos na medida em que não conseguimos concentrar-nos o suficiente numa só tarefa para poder conclui-la. Entretanto, ficamos stressados. Faça apenas uma coisa de cada vez.  


  1. Elimine os “suga-energias”. Se já parou para analisar a sua vida (passo 1) e identificou as suas maiores fontes de stress, provavelmente também descobriu algumas coisas que lhe sugam a sua preciosa energia. Existem certas coisas na vida que são mais exaustivas que outras e com a desvantagem que não têm qualquer valor acrescentado. Saiba quais são e faça um delete permanente. O resultado? Mais energia, menos stress, mais felicidade.  

  1. Evite as pessoas difíceis. Sabe exatamente quem são. Sim, diretores, colegas de trabalho, clientes, vizinhos, até alguns amigos e familiares – aquelas pessoas que tornam a sua vida mais complicada. Por outro lado, podia sempre confrontá-los e discutir as vossas desavenças, mas isso seria ainda mais stressante. O mais fácil é simplesmente (e na medida do possível) cortar relações.  


  1. Simplifique a sua vida. Tornar mais simples as suas tarefas diárias, as suas obrigações, a quantidade de informação que regista, a sua casa e muitas outras coisas que preenchem a sua vida implicará uma redução significativa no seu nível de stressComece já hoje a simplificar a sua vida.

  1. Libertar a agenda. Crie mais tempo livre na sua vida. Não é crucial que agende e programe cada minuto da sua existência! Aprenda a evitar reuniões e a agrupar tarefas num só bloco de tempo. Quando alguém lhe pede para agendar uma reunião, tente primeiro resolver o assunto pelo telefone ou por e-mail. Vai adorar ter uma agenda mais vazia.

  1. Mais devagar. Em vez de viver a vida a correr, aprenda a abrandar, a fazer as coisas mais devagar. Saboreie a comida, desfrute da companhia das pessoas à sua volta, entregue-se ao prazer da natureza e da vida ao ar livre. Só esta dica pode livrar-lhe de toneladas de stress 


  1. Ajude os outros. Pode parecer contraditório acrescentar mais tarefas a uma vida já por si muito ocupada, mas se puder adicionar alguma coisa, então seria isto.Ajudar outras pessoas – seja através de voluntariado numa instituição de solidariedade social ou simplesmente ser simpático e afável para com as pessoas da sua vida, conhecidos e desconhecidos – vai trazer-lhe não só sensações de bem-estar, mas contribuir para a redução dos seus níveis de stress. Claro que não vai funcionar se tentar controlar essas pessoas ou se essa ajuda se manifestar de uma forma apressada e a “despachar”. Aprenda a relaxar, a deixar as coisas acontecerem e a tirar prazer de ajudar os outros.

  1. Relaxe ao longo do dia. É importante que ao longo do dia, principalmente no trabalho, faça pequenas pausas. Durante alguns minutos, pare tudo e massaje os seus ombros, pescoço, cabeça, braços ou mãos; levante-se, estique as pernas ou espreguice-se; dê uma pequena caminhada; beba água. Se puder, vá até lá fora, apanhe ar fresco e contemple o céu azul. Dê dois dedos de conversa com alguém com quem goste mesmo de falar. A vida não se resume apenas a níveis de produtividade. As pausas de muitas pessoas são feitas a navegar online – para relaxar completamente, fuja do computador sempre que possível.

  1. Despeça-se. Esta dica é muito drástica, talvez até demais para a maioria das pessoas. No entanto, o trabalho é, para muitos, a sua maior fonte de stress. Livrar-se do horário de expediente, automatizar o seu vencimento e procurar aquele emprego que realmente adora, permitir-lhe-á criar um estilo de vida positivo e anti-stress. Antes de colocar esta ideia completamente de parte, considere todas as suas vantagens.

  1. Simplifique a sua lista de afazeres. Todos temos uma lista de afazeres que, com cada dia que passa, parece crescer em vez de diminuir, assim como o nossostress por não conseguirmos começar a riscar itens dessa lista, assinalando-os como concluídos! Agrupe ou delegue tarefas, de forma a simplificar essa lista, reduzindo-a para incluir apenas as empreitadas essenciais. A partir daí, o processo será mais fácil e a satisfação retirada do mesmo, maior.
  1. Exercício físico. No que toca a aliviar stress, esta dica é senso comum porque… funciona! Para além de aliviar, praticar exercício físico também é uma excelente maneira de prevenir contra o stress, uma vez que lhe proporciona algum tempo de qualidade sozinho, perfeito para relaxar, para contemplar, para esquecer e, ainda por cima, para se manter em forma! As pessoas que estão em forma têm uma maior capacidade de lidar com o stress. O reverso também é verdade: o facto de não estar em forma ou de viver uma vida pouco saudável pode ser, em si, uma fonte de stress.
  1. Alimentação saudável. Obviamente. De mãos dadas com o exercício físico, também uma alimentação saudável e equilibrada é uma excelente forma de expulsar o stress, evitando que ele volte a aparecer. A velha máxima “nós somos o que comemos” nunca foi tão verdade
  1. Seja agradecido. Ter e manter uma atitude onde agradece as coisas boas da vida,pensar de forma positiva e pôr de parte toda a negatividade, é uma forma poderosa de eliminar o stress da sua vida. Aprenda a reconhecer e a agradecer a vida que tem e as pessoas que estão do seu lado – são tudo dádivas (principalmente quando comparadas com as vidas de tantas outras pessoas). Uma atitude positiva na vida é a melhor solução para substituir o stress por alegria.

  1. Ambiente zen. Trabalhar e viver em ambientes simples, organizados, limpos e tranquilos, ao invés de cenários caóticos e repletos de distrações desagradáveis, é mais uma fórmula eficaz para uma existência livre de stress.


Sintomas de estresse psicológico
Sintomas físicos do estresse
Ansiedade, angústia, nervosismo, preocupação em excesso
Problemas cardíacos e gastrointestinais
Irritação, medo, impaciência, tontura
Facilidade em ficar doente
Problemas de concentração e de memória
Alergias, asma, insônia
Desorganização, dificuldade em tomar decisões
​Tensão muscular, mãos frias e suadas
Cometer mais erros que o habitual, esquecimentos
Dor de cabeça ou enxaqueca, problemas de pele
Sensação de perda do controle
Queda de cabelo anormal

Queda de cabelo, impaciência, tontura e dor de cabeça frequente são sintomas que podem indicar estresse. O estresse está ligado ao aumento dos níveis de cortisol na corrente sanguínea e este aumento além de afetar a mente pode levar às doenças físicas como alergias e tensão muscular, por exemplo.

Estes sintomas podem se manifestar em indivíduos de todas as idades, e apesar de ser mais frequente nos adultos também podem se manifestar em crianças e adolescentes quando são submetidos a problemas como bulling na escola, separação dos pais ou doenças graves na família.


Assinale sim ou não se você tem tido os sinais de estresse:

Na última semana você sentiu:

1. Tensão muscular,como por exemplo aperto de mandíbula, dor na nuca, por exemplo;
2. Hiperacidez estomacal (azia) sem causa aparente;
3. Esquecimento de coisas corriqueiras, como esquecer o número de um telefone que usa com freqüência, onde colocou a chave, por exemplo;
4. Irritabilidade excessiva;
5. Vontade de sumir de tudo;
6. Sensação de incompetência, de que não vai conseguir lidar com o que está ocorrendo;
7. Pensar em um só assunto ou repetir o mesmo assunto;
8. Ansiedade;
9. Distúrbio do sono, ou dormir demais ou de menos;
10. Cansaço ao levantar;
11. Trabalhar com um nível de competência abaixo do seu normal;
12. Sentir que nada mais vale a pena;

Para saber o resultado, some os itens que você assinalou.
- Se não assinalou nenhum: Parabéns, seu corpo está em pleno funcionamento!
- Se assinalou de 1 a 3:
 A vida pode estar um pouco estressante para você. Avalie o que está ocorrendo. Veja o que está exigindo demais de sua resistência. Pode ser o mundo lá fora, pode ser você mesmo. Fortaleça o seu organismo.
- Se assinalou de 4 a 8: 
Seu nível de stress está alto, algo está exigindo demais do seu organismo. Pode estar chegando no seu limite. Considere uma mudança de estilo de vida e de hábitos. Analise em que seu próprio modo de ser pode estar contribuindo para a tensão que está sentindo.
- Se assinalou mais do que 8:
 Seu nível de estresse está altíssimo. Cuidado. Procure ajuda de um psicólogo especializado em estresse. Sem dúvida você tem fontes de stress representadas pelo mundo ao seu redor(pode ser família, ocupação, sociedade etc) e fontes internas (seu modo de pensar, de sentir, de ser) com as quais precisa aprender a lidar.
Fonte: Centro Psicológico de Controle do Stress de Campinas